Como tratava Jesus aqueles que se lhe revelavam em falsa posição no caminho?
Decerto que o Senhor nunca aderiu aos enganos que os vitimavam, entretanto,
trazendo-os à justa recuperação com a verdade, jamais deixou de temperar essa mesma
verdade com as bênçãos da fé operante e do incomensurável amor.
Ele não ignorava que Maria de Magdala jazia possessa de sete demônios, contudo
ampara-lhe os sentimentos para que se engrandeça na renúncia santificante.
Sabia que Zaqueu se mostrava possuído pela treva da usura, mas convida-o
docemente ao serviço do bem de todos.
Não desconhecia que Simão Pedro, em certas ocasiões, se entregava, inerme, a
perseguidores invisíveis que lhe conturbavam a mente, no entanto fortalece lhe a confiança,
pouco a pouco, nele plasmando um herói de beleza divina.
Cientificou-se de que Judas se rendera a tremendas tentações, engodado pelos
gênios da exploração política, mas, longe de expulsá-lo, conchega-o, de encontro ao próprio
seio, até o perdão incondicional.
Reconhecia Saulo de Tarso sob a dominação de entidades cruéis que o fixavam na
intolerância e no crime, no entanto ele mesmo lhe levanta o coração às portas de Damasco
e dele faz o apóstolo de sua bondade excelsa.
Se sabes, pois, onde se ocultam erros e ilusões, não te convertas em falso profeta do
Senhor, condenando e fugindo em seu nome.
Não te entregues à sombra, mas oferece-lhe a tua luz.
Não te confies ao ódio, mas estende-lhe a bênção de teu amor.
Se a verdade te clareia o caminho, lembra-te de que não foste chamado por Jesus
para amaldiçoar e destruir e, sim, para abençoar e ajudar, renovar e redimir para a glória do
eterno bem.
Elucidações de Emmanuel – Diante da sombra - O Consolador – Nº 585 – 16/09/2018
E. D. , Livro: Cartas do alto, (Chico Xavier)
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